21 novembro, 2015

DESAFIO NO BLOG: ALGO QUE EU TENHA SAUDADES #21

Olá a todos 

E hoje é mais um dia de desafio no blog. Confesso que já devia ter acabado, mas surgiram outros temas mais interessantes do que falar sobre mim, eu acho... O tema de hoje é super pessoal, talvez o mais difícil de falar, mas desafio é desafio...

Apesar de ter saudades da minha infância e de vários momentos que vivi na adolescência, o que eu tenho realmente saudades é do meu pai. A quem me segue à mais tempo sabe disso. Sabem aquela pessoa que é super forte? Aliás, que vocês pensam que é super forte e depois morre assim do nada? Foi isso que se passou em 2013 com o meu pai. O meu pai era aquele que me dava o biberão quando eu era bebé e que se orgulhava de ter uma filha do papá. Era aquele em eu conseguia falar de música, e estou a falar de música, não de coisas comerciais. A primeira música que ouvi, sei que era da banda Pink Floyd. Ele era aquele que bastava um olhar para perceber se eu estava a fazer algo de errado ou não. Era aquele que apresentava os espectáculos que eu e a minha prima Magda fazíamos quando éramos pequenas no Natal. Era aquele que amava fotografia e os detalhes tal como eu. Era aquele em que eu conseguia ter conversas sobre diversos assuntos que passavam no telejornal e até sobre mim. Ele era aquele que me deixava levar a minha melhor amiga de férias connosco como se fosse sua filha. Pagou-lhe tudo o que me pagou a mim, sem pedir nada em troca. Ele era aquele em que me ia buscar à noite à discoteca. Ele não gostava que eu fosse de boleia com ninguém. Ele era aquele que não se metia nos meus assuntos escolares e me deixava seguir o que eu queria. Ele era aquele que me deixava curtir a vida. Até que todo o mal acontece. Perdi o homem da minha vida. E ele perdeu todas as conquistas que eu fiz. Não viu nada aquilo que eu conquistei durante estes dois anos. Não viu a conclusão do meu curso. Não viu a conquista da minha carta de condução. Não viu o meu primeiro carro. Não viu o meu primeiro trabalho a sério. Não viu o meu primeiro salário. Não viu nada disso. E ainda hoje me pergunto porquê? Porquê ele? Porquê o meu herói?  O pior dia da minha vida, foi o dia em que o perdi e agora tenho de conviver com as saudades e com os momentos que tive com ele. Se um dia vai curar? Não, nunca cura. O tempo nunca vai curar esta dor. 


Malta, depois disto espero que valorizem mais as pessoas que estão com vocês. É uma mensagem que eu vos quis passar e também uma espécie de desabafo. Aos meus amigos e família, só quero agradecer visto que foram espectaculares e me apoiaram nesse ano negro e que ainda hoje sei que posso contar. Por hoje é tudo, volto segunda-feira. Beijinhos e bom fim de semana!

Com amor,
EDNA

2 comentários:

  1. bem minha linda, partiho da tua dor e faço tuas as minhas palavras sem tirar nem por, pois também perdi o meu pai,, em 1991 perdi o amor da minha vida, aos 14 anos perdi o meu porto seguro, que também não me viu crescer e tornar-me mulher, não viu o 1ºnamorado, o 1ºemprego, o 1ºsalário, o 1ºcarro, fui sózinha ao altar e chorei como nunca nesse dia, como o queria comigo ali,,mas pior de tudo é não ter visto os netos e eles não conhecerem o homem fantástico que ele era,,sem dúvia a moral da história é valorizar quem está connosco pois a vida é traicoeira e prega partidas,,e tens razão vão-se passar 10/20 todo o tempo do mundo e a dor vai ser a mesma, porque o amavas e continuas a amar e já não o tens ao teu lado!!
    conheci o teu blog pela troca de prendas entre bloggers deste ano e gostei bastente dele e sigo, convido-te a conheceres o meu e partilhares a tua opinião,
    beijinhos
    http://belezademulheremae.blogspot.pt

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